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Compreensão em tempos difíceis

  • Clara Bertoldo
  • 27 de dez. de 2017
  • 2 min de leitura

Se me procurarem diga que podem encontrar-me segurando as mãos daquele negro que andava logo atrás dos seus olhos julgadores. Avisa que sou criança sedenta por querer agradar o meu Pai. Sei que somos filhos perdidos em aprovações paternas, nas tentativas de sermos preenchidos em afirmações e de justificarmos perante nossos erros. Mendigamos amor e nem notamos.


Estou apenas tentando fazer poemas em meio ao caos. Chorar por aqueles que choram, ser ouvinte para suas vozes. Afinal, por que negar a compreensão de uma dor? Sei que estamos suportando um mundo que retrocede em compadecimento, somos medíocres em amor e tornamos o silêncio um conforto. Abaixamos a cabeça assumindo a nossa culpa refletida nos olhos do mendigo, gritamos em redes sociais com vozes mudas sobre políticas e fingimos falsos moralismos. Temos exposto tantas opiniões e não sei aonde escondemos as ações. Quantas hipocrisias temos tomado como café da manhã? Somos falsos formadores de opiniões desnutridos de formadores de ações.

Tenho uma sede incontrolável em crescer como ser humano, Cristo veio a está terra ensinar que não sou perfeita e nem sempre vou dar bons conselhos, boas opiniões ou boas decisões. Mas ele escolheu entregar cada gota de seu sangue pelas minhas imperfeições. Entretanto, quero beber da compaixão de Jesus. Por mais que seja fã das palavras e amo romantizá-las, não quero basear ações em promessas. Não quero prender-me em um mundo que diz tanto e não age. Para não culpar e nem esperar de outrem atitudes que nascem primeiro em mim. Quero ser os lábios em que Ele faz dança, em que ele rouba corações para valsas eternas. Quero ser olhos que enxergam do Alto e não do egocentrismo.


Me deixa fugir para os braços do meu amado. Diga que encontrou-me por aí sendo Amor. Amor que reinventa e dispõe, cuida e cura. Encontrou-me sendo licença poética de Cristo nos asilos dos esquecidos, nas dores de uma viúva, do outro lado da mesa de um bem-sucedido vazio ou nos hospitais onde os pontos finais ocorrem. Estou lá, onde Jesus está.


Quero ser filha que cresce aprendendo a olhar para aqueles que precisam de tanto enquanto eu possuo o suficiente.:Jesus!


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